sexta-feira, 25 de setembro de 2015

19º Aniversário do Centro de Intendência da Marinha em Rio Grande


O Centro de Intendência da Marinha em Rio Grande tem o propósito de contribuir para a prontidão dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, sediados ou em trânsito em suas respectivas áreas de responsabilidade, bem como dos estabelecimentos de terra por eles apoiados.
Para a consecução do seu propósito, cabe ao CeIMRG as seguintes tarefas:
I –executar as atividades gerenciais: armazenagem; contabilidade do material; controle de estoque; destinação de excessos de material da linha de fornecimento do SAbM; e tráfego de carga;
II –administrar os Postos de Distribuição de Uniformes (PDU) sob sua responsabilidade;
III –coordenar e executar a fase II do POSE, em conjunto com a equipe dos navios;
IV –apoiar o cumprimento do Plano de Prontidão Permanente do SAbM (P3SAM);
V –executar, de forma centralizada, a atividade gerencial obtenção cuja competência lhe seja atribuída, incluindo processos licitatórios, inclusive para contratação de transporte por delegação de competência da autoridade requisitante, e a celebração de acordos administrativos;
VI –exercer atribuições de Unidade Gestora Executora (UGE) da execução financeira para as OM apoiadas, cuja competência lhe seja atribuída;
VII –exercer as atribuições de Organização Centralizadora (OC) do pagamento do pessoal militar e de Unidade Pagadora (UPAG) do pagamento do pessoal civil para as OM Centralizadas (OMC) / OM apoiadas, cuja competência lhe seja atribuída;
VIII –exercer a centralização da Gestoria da Conta de Pagamentos Imediatos (COPIMED) para as OMC;
IX –proceder as alterações de pagamento do pessoal militar inativo, pensionista e anistiado, em suas respectivas áreas de responsabilidade, conforme especificado em oriundas da Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha, da Secretaria-Geral da Marinha e orientação do Com5ºDN;
X –emitir e assinar as requisições de transporte autorizadas pela Autoridade Requisitante em relação ao transporte de pessoal e bagagem, conforme orientação do Com5ºDN.

17º Aniversário da Diretoria de Contas da Marinha


O Centro de Controle Interno da Marinha (CCIMAR) tem o propósito de conduzir a execução das atividades de controle interno e assessorar o Alto Comando nos assuntos concernentes a estas atividades, a fim de contribuir para o cumprimento da missão da Marinha do Brasil (MB).
O Centro de Controle Interno da Marinha (CCIMAR), com sede na cidade do Rio de Janeiro, RJ, foi criado pela Portaria Ministerial nº 509, de 29 de outubro de 2012.
O CCIMAR secedeu, por tranparência de subordinação, a Diretoria de Contas da Marinha, criada pela Portaria nº 246, de 25 de setembro de 1998, que sucedeu por tranformação. o serviço de Auditoria da Marinha (SAMA), criado pelo Decreto n 74.044, de 10 de maio de 1974. Está localizado no andar térreo do Edifício Almirante Gastão Motta, na Ilha das Cobras. O CCIMAR é subordinado diretamente ao Comandante da Marinha.

Dia Marítimo Mundial

A cada ano, além das comemorações alusivas à data, a Organização Marítima Internacional, autoridade máxima no comércio marítimo mundial, escolhe um tema a ser refletido, como uma forma de lembrar não só as conquistas alcançadas no âmbito da segurança e da prosperidade navais, mas também que um árduo caminho ainda se estende à frente daqueles que trilham as estradas do mar. Desta vez o tópico escolhido foi a ratificação das convenções da IMO, regras criadas para melhorar as condições de trabalho no mar, padronizar os procedimentos e assim salvaguardar não só os interesses das nações envolvidas e as vidas daqueles que fazem da imensidão azul seu lar, mas também o próprio meio ambiente. Com um total de 53 Convenções ratificadas, a agência da ONU trabalha com afinco para, além de criar mais, fiscalizar seu real cumprimento.

domingo, 6 de setembro de 2015

Dia 7 de Setembro - Aniversário da Independência do Brasil;

"A pátria não é ninguém; são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem... um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade". Rui Barbosa

domingo, 23 de agosto de 2015

Dia do Aviador Naval


                                               No Ar, os Homens do Mar.”

A  história da Aviação Naval Brasileira se inicia em 23 de agosto de 1916, com a assinatura do decreto de criação da Escola de Aviação Naval (EAvN), pelo então Presidente Wenceslau Braz, sendo ela a primeira escola de aviação militar do Brasil e, portanto, o berço de nossa aviação militar.

Nesses 99 anos de existência, a Aviação Naval vem traçando um trajetória marcada pelo pioneirismo e bravura, lembrando que apenas dez anos após o primeiro voo do 14Bis por Santos Dumont, a Marinha do Brasil já fazia história com a aeronave Curtiss F 1916, iniciando a conquista da operação aérea em proveito dos meios da Esquadra.

Fatos que vão desde a realização do primeiro deslocamento aéreo no Brasil, passando pela participação na 1ª Grande Guerra, integrando o 10° Grupo de Operações de Guerra da RAF, até os dias atuais, nas operações com asa-fixa embarcada no Nae São Paulo (A12), o que coloca a MB em um seleto grupo dentre as marinha do Mundo.

A Aviação Naval se faz hoje presente em todo o território nacional, desde a Amazônia Azul até a Verde, através de seus Esquadrões Distritais (HU-3 em Manaus-AM, HU-4 em Ladário-MS e o HU-5 em Rio Grande-RS) e dos demais Esquadrões (HI-1, HU-1, HU-2, HA-1, HS-1 e VF-1) que formam o complexo aeronaval de São Pedro da Aldeia, que ainda compreende o Comando da Força Aeronaval, Base Aéra Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN), Depósito Naval de São Pedro da Aldeia (DepNavSPA) e a Policlínica Naval de São Pedro da Aldeia (PNSPA), contribuindo assim para a Defesa da pátria.

No mundo verde da Amazônia, presta apoio na área da saúde às populações ribeirinhas e patrulha nossa vias fluviais, no Pantanal, protegendo as nossa fronteiras e se estendendo até o Continente Antártico, apoiando a Estação Antártica Comte. Ferraz (EACF) e compondo o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) no Napoc Ary Rongel, apoiando também o desenvolvimento científico do Brasil.
A Aviação Naval Brasileira está preparada para atuar em qualquer outro cenário onde a sua presença se faça necessária.

domingo, 2 de agosto de 2015

Aniversário de Criação do Comando da Marinha 2015


Assunto:    Aniversário de Criação do Comando da Marinha

 

                       Celebramos hoje, 28 de julho, o 279º Aniversário do Comando da Marinha. Nossa secular instituição tem uma bela história, da qual devemos nos orgulhar, e cuja tônica sempre foi o comprometimento com a manutenção da integridade nacional, da soberania plena e do desenvolvimento do Brasil.

Historicamente, a origem da Marinha remonta a criação, por D. João V, Rei de Portugal, da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, em 28 de julho de 1736. Com a invasão das tropas napoleônicas à Península Ibérica e o deslocamento da Corte Real para o Brasil, em 1808, o titular da pasta, D. João Rodrigues de Sá e Menezes, Conde de Anadia, também acompanhou a Família Real, sendo que, após o retorno de D. João VI a Portugal, em 1821, conservou-se na estrutura administrativa a Secretaria de Estado da Repartição da Marinha no Brasil, que perduraria durante todo o período Imperial.

Após a Proclamação da República e a decorrente reorganização da Administração Federal, foi criado, em 1891, para substituir a Repartição, o Ministério da Marinha. Tal designação permaneceu até 9 de junho de 1999, quando, por meio da Lei Complementar nº 97, passou a chamar-se Comando da Marinha, subordinado ao recém criado Ministério da Defesa.
Ao analisar o passado, torna-se patente a ligação do mar com relevantes momentos históricos, reforçando a acertada decisão de sempre contar com uma Marinha atuante e preparada. Nossas participações na Guerra da Independência, na Campanha da Tríplice Aliança e nas duas Grandes Guerras refletem a umbilical relação e dependência que existiu entre a Pátria e o mar. Hoje, essa vinculação segue fortalecida e acrescida de novas facetas, pois do mar e das hidrovias interiores, vivem e trabalham milhares de brasileiros, que se dedicam a explorar recursos naturais imprescindíveis; a operar o modal marítimo que realiza a quase totalidade do escoamento do comércio exterior; e na importante área da indústria de construção naval que dá suporte a essas atividades. Esse estratégico setor é capaz de gerar impactante desenvolvimento econômico e integração social, principalmente em um País de dimensões continentais com extenso litoral e ampla malha hidroviária.

Na gloriosa trajetória da Instituição, tivemos a distinção de contar em nossas fileiras com honrados brasileiros que, por sua dedicação e nacionalismo, tornaram-se líderes navais e ícones nacionais, tais como Tamandaré, Barroso, Alexandrino, Frontin e Saldanha da Gama, dentre muitos outros insignes Chefes. Deles herdamos um passado de conquistas, riquíssimas tradições e alicerçante cultura organizacional que nos permite, nos dias de hoje, receber amplo reconhecimento e confiança da sociedade.

Atualmente seguimos, marinheiros, fuzileiros navais e servidores civis, conscientes de quão importante para o Brasil continua a ser nossa presença e atuação em todos os rincões do território nacional e para tal, não podemos esmorecer frente às dificuldades que se apresentam, demonstrando a grandeza do espírito patriótico e comprometimento com o País.

Tenho plena consciência que, em 279 anos de existência, passamos por outros períodos demandantes, mas jamais sucumbimos à tentação da leniência e, uma vez mais, concito nossas mulheres e homens para que trabalhem voltados por consolidar as conquistas logradas e por construir o futuro.

EDUARDO BACELLAR LEAL FERREIRA
Almirante-de-Esquadra
Comandante da Marinha

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Aniversário de Ingresso da Mulher nas Fileiras da Marinha


Bravo Zulu para todas nós, mulheres militares da Marinha do Brasil!

A data de 7 de julho marca para todas as mulheres da Marinha um momento muito importante. A Marinha permitiu, de forma pioneira, o ingresso na Força no ano de 1980.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Contributos para a compreensão da Batalha Naval de Riachuelo



CRONOLOGIA DA INVASÃO PARAGUAIA AO RIO GRANDE DO SUL - 1865

Luiz Ernani Caminha Giorgis, Cel

Ano de 1864

Abril - inicia o treinamento de soldados paraguaios em Encarnacion pelo Major Pedro Duarte e depois pelo Ten Cel Antônio de La Cruz Estigarríbia (Machado, 2010, p. 11).

11 de novembro - o governo paraguaio apreende em Assunção o vapor (paquete) brasileiro Marquês de Olinda que estava de viagem para o Mato Grosso prendendo o Governador e Comandante das Armas nomeado para aquela Província Cel Frederico Carneiro de Campos e todos os passageiros e tripulantes.

13 de dezembro - a República do Paraguai declara oficialmente guerra ao Império do Brasil.

Parte de Assunção uma expedição fluvial com 3.200 homens de Infantaria e uma coluna terrestre de 3.000 homens de Infantaria e de Cavalaria para a invasão paraguaia ao território brasileiro por Mato Grosso (Idem).

O 1º Ten Floriano Peixoto servia no 6º Batalhão de Infantaria em Uruguaiana desde dezembro de 1864, onde comandava a 7ª Companhia, e tinha a missão de executar fortificações na vila. Foi elemento fundamental na luta contra a invasão a Uruguaiana, quando comandou uma flotilha artilhada no rio Uruguai (Fonttes, 2013, p. 21).

1865

Janeiro - assume o Comando das Armas do RS o Tenente-General João Frederico Caldwell (Idem, p. 14).

7 de janeiro - Em consequência da iminente ofensiva paraguaia, o Império Brasileiro criou o Corpo de Voluntários da Pátria (CVP) pelo Decreto nº 3.371, desta data (Fonttes, 2013, p. 12).

1 de maio - Argentina, Brasil e Uruguai assinam em Buenos Aires o Tratado da Tríplice Aliança (Machado, 2010, p. 17).

8 de maio - chega a São Borja a notícia de que uma força de 11.000 paraguaios estaria em marcha pronta para invadir São Thomé e São Borja. A população de São Thomé abandona a vila (Idem, p. 12).

10 de maio - as famílias de São Borja também abandonam a vila. Alguns dias depois, desmentidas as notícias, a população retorna (Ibidem).

10 de junho -
Invasão de São Borja - Os paraguaios do Corpo de Exército do Tenente-Coronel Antônio de la Cruz Estigarribia começam a atravessar o Uruguai pelo Passo do Formigueiro, hostilizados por mais de 300 guardas-nacionais brasileiros ao comando do Tenente-Coronel José Ferreira Guimarães. Sobre a vila de São Borja já marchavam 2.000 dos invasores, com quatro peças de artilharia, dirigidos pelo Major López, quando acudiu o então Coronel João Manuel Menna Barreto à frente do 1° Batalhão de Voluntários (do Rio de Janeiro). O 22º Corpo de Provisórios, comandado pelo Tenente-Coronel Tristão de Araújo Nóbrega, com somente 230 homens também resiste à invasão. Às 1100 h estava concluída a travessia de Estigarribia.

As tropas brasileiras, embora muito inferiores em número (800 homens, incluindo os guardas-nacionais), conseguiram conter o inimigo, obrigando-o a retroceder para o Passo de São Borja.

Menna Barreto cobriu a vila combatendo até à noite e deu tempo para que a população se retirasse. O 1° Batalhão de Voluntários teve 36 mortos e feridos; e a Guarda Nacional, 10. Assim se pronunciou o Cônego de São Borja João Pedro Gay:

"À intrepidez do Coronel Mena Barreto e do 1° batalhão de voluntários devo eu, devem três quartas partes dos moradores de S. Borja o não termos caído prisioneiros dos paraguaios".

O inimigo só se animou a fazer a sua entrada na vila dois dias depois deste combate, ou seja, a 12 de junho (Rio Branco, 1999, p. 276).

11 de junho -
 a Armada Brasileira comandada pelo Chefe de Divisão (depois Almirante) Francisco Manuel Barroso da Silva, futuro Barão do Amazonas, destroça a Armada paraguaia em Riachuelo, rio Paraguai.

12 de junho - Estigarríbia entra e ocupa São Borja (Almeida, 1965, p. 58). Em São Borja Estigarribia divide sua tropa, designando uma coluna para progredir pela margem direita (lado argentino) ao comando do Maj José Duarte e a outra ao comando dele próprio pela margem esquerda (ldo brasileiro). Ambas, portanto, costeando o rio Uruguai.

18 de junho - Estigarríbia deixa São Borja e dirige sua marcha para Itaqui (Idem, p. 59).

26 de junho -
combate do Botuí entre a vanguarda das forças de Estigarribia e as tropas brasileiras do Cel Antônio Fernandes Lima e Ten Cel Sezefredo Alves de Coelho de Mesquita (Almeida, 1965, p. 61). Fernandes Lima ataca a vanguarda paraguaia, comandada pelo Major José Lopez que retrai buscando melhor posição. Chega então a Brigada de GN do Ten Cel Sezefredo, o que nos deu superioridade em efetivos. Os brasileiros envolvem os paraguaios, que ficam confinados em um pantanal, mas foi dizimado, perdendo 116 mortos e 120 feridos contra 40 mortos e 86 feridos da tropa brasileira. Os paraguaios remanescentes reuniram-se ao grosso da Divisão de Estigarribia (Donato, 1986, p. 217).

6 de julho - as forças de Antonio de La Cruz Estigarribia ocupam Itaqui (Machado, 2010, p. 35).

7 de julho - Estigarribia ocupa Itaqui, já evacuada pela população (Idem, p. 64).

10 de julho - o Imperador Dom Pedro II deixa o Rio de Janeiro em direção ao Rio Grande do Sul (Ibidem, p. 65).

14 de julho - Estigarribia deixa Itaqui e dirige sua marcha para Uruguaiana (Almeida, 1965, p. 66).

16 de julho - Dom Pedro II chega a Rio Grande (Idem).

19 de julho - Dom Pedro II chega a Porto Alegre (Ibidem, p. 68).

20 de julho - o Barão de Porto Alegre, Ten Gen Reformado Manoel Marques de Souza III é nomeado para o comando do Exército nas Missões compreendendo a linha São Borja-Uruguaiana-Quaraí-Santana do Livramento (Almeida, 1965, p. 68).

Passagem da função de Presidente da Província do RS de João Marcelino de Sousa Gonzaga para o Conde de Boa Vista Francisco do Rego Barros, que acumulou a função com a de Comandante das Armas e governou até 14 Abr 1866.

22 de julho - Após transpor o rio Ibicuí, Estigarribia acampa nas imediações de Japejú, município de Uruguaiana. Neste local, Estigarribia acantonou com parte de sua tropa quando foi tomado de surpresa pelas investidas da 2ª Brigada do Cel João Antonio da Silveira, o qual acometeu pela noite inteira os arredores da Estância do Japejú, deixando os paraguaios em alarme. A casa da estância ficava à beira do Arroio Japejú. 4

O ataque brasileiro realmente aconteceu precisamente às 1000 h, quando o Gen João Frederico Caldwell e Davi Canabarro, com uma vanguarda de mil homens, se defrontam com os paraguaios, que possuíam cavalaria e infantaria. Nossa tropa bate em retirada pela estrada geral em direção à estância do Major Mendes devido à superioridade numérica do inimigo, indo bivacar nesta estância. Os invasores, ao deixarem o local em direção ao arroio Toropasso, puseram fogo na estância de Japeju e, logo adiante, na estância de São Marcos (Fonttes, 2012, p. 52).

23 de julho - Estigarribia transpõe o rio Ibicuí pelo Passo de santa Maria e dirige sua marcha para Uruguaiana.

Dom Pedro II dirige-se por via fluvial de Porto Alegre para Rio Pardo (Idem, p. 69).

26 de julho - Estigarribia atravessa o Arroio Toropasso em direção a Uruguaiana (Ibidem, p. 70).

31 de julho - sob o comando do 1º Ten Floriano Vieira Peixoto entram em ação no Rio Uruguai um rebocador e dois lanchões, os quais isolam da coluna de Estigarríbia o Destacamento do Major paraguaio Pedro Duarte, que progredia pela margem direita do rio Uruguai.

A partir de Rio Pardo Dom Pedro II inicia sua travessia pela campanha em direção a Uruguaiana (Almeida, 1965, p. 71).

Às margens do Arroio Toropasso, Estigarribia teve que aguardar até 2 de agosto devido às cheias. Nas imediações, um dos nossos vapores impedia a passagem das canoas paraguaias no Toropasso e as comunicações entre Estigarribia e o Major Duarte. O 1º Tenente de artilharia Floriano Peixoto, comandante da Esquadrilha do Uruguai, foi auxiliado pelo Capitão de Fragata Alberto José Pereira Lomba nas operações, que contava com o vapor "Uruguai" e os lanchões "São João" e "Garibaldi", todos artilhados. O "Uruguai" põe a pique, na embocadura do Toropasso, várias canoas paraguaias e toma outras no período de 31 de julho a 2 de agosto.

Estigarribia, antevendo o perigo de sofrer retardamento em sua marcha, toma medidas de contra-ofensiva colocando uma Companhia de Infantaria, um Esquadrão de Cavalaria e uma peça de Artilharia nas barrancas do Uruguai, para fazer frente à Esquadrilha de Floriano Peixoto.

2 de agosto - o Major Pedro Duarte chega à região de Restauracion, (hoje Paso de Los libres) (Idem, p. 73). Estigarribia transpõe com toda sua tropa o arroio Toropasso, construindo uma ponte de circunstância com canoas (Fonttes, 2013, p. 53).

3 de agosto - às 1700 h a 2ª Brigada, por ordem do Brigadeiro Honorário Davi Canabarro, marcha para Uruguaiana a fim de proteger a retirada do 4º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, que estava sob o Comando do Ten Cel Olivério Francisco Pereira. Posteriormente este Batalhão foi incluído na 1ª Divisão Ligeira de Canabarro, permanecendo na Vila como tropa de guarnição até a véspera desta localidade ser atingida pela coluna paraguaia (Fonttes, 2013, p. 17).

4 de agosto - nesta noite, Caldwell ordena à guarnição que evacue Uruguaiana, mas ainda tenta convencer os comandantes das divisões e das brigadas a atacar. Com exceção do Barão de Jacuí todos os demais preferem a prudência e optam por não atacar. Alegam a falta de Infantaria, e "soldados bisonhos e mal armados" (Bormann, 1897, p. 61).

5 de agosto - Estigarribia ocupa Uruguaiana, já evacuada pela população, e é cercado pelas tropas aliadas (Ibidem, p. 74). A coluna paraguaia avançou sobre a vila indefesa às 1000 h, tendo cruzado o arroio Imbaá dois dias antes. Esta força, ao atingir a 5

povoação, estava disposta em três colunas, deslocando-se a parte de Artilharia e os Trens de bagagem no centro do dispositivo (Fonttes, 2013, p. 26).

As forças do Coronel da Guarda Nacional Bento Martins de Menezes, futuro Barão de Ijuí, com o seu 17º Regimento de Cavalaria, acompanhavam os invasores, sempre na vanguarda, quando Estigarribia invadiu a Vila deserta pela Rua Tiradentes com as três colunas. Bento Martins tenta fazer frente aos batedores de Estigarribia, mas tudo em vão. Alguns soldados de Bento Martins são capturados e conduzidos a um local fora da vila, nas vizinhanças do cemitério, e degolados à vista de nossas tropas, que assistiam de longe (Fonttes, 2013, p. 53).

15 de agosto - o Conde d’Eu reúne-se à comitiva de Dom Pedro II em Caçapava (Ibidem, p. 78).

17 de agosto - Batalha de Yataí, território argentino próximo a Restauracion (hoje Paso de Los Libres), entre a vanguarda uruguaia do Gen Venâncio Flores e as tropas do Major Pedro Duarte. Participou a 12ª Brigada Imperial, comandada pelo Ten Cel Joaquim Rodrigues Coelho Kelly. Vitória total das tropas aliadas e prisão do comandante paraguaio (Almeida, 1965, p. 79). Esta batalha foi a partir das 1000 h. Ficaram no campo de batalha 1.700 homens mortos da coluna invasora, 300 feridos e 1.200 prisioneiros, entre estes, o próprio Comandante, Major Pedro Duarte que, ferido, foi recolhido preso ao hospital da Vila. Enquanto a batalha se desenvolvia o Ten Floriano Peixoto, com sua pequena flotilha, impedia qualquer ligação entre as forças sitiadas em Uruguaiana e as do Major Pedro Duarte (Fonttes, 2013, p. 31).

19 de agosto - Estigarribia tenta romper o cerco de Uruguaiana sem sucesso (Idem, p. 80).

20 de agosto - o Tenente-General Reformado Manoel Marques de Souza III - Barão de Porto Alegre, chega a Uruguaiana (Ibidem, p. 81).

21 de agosto - Chega a Uruguaiana o Capitão-de-Fragata Alberto José Pereira Lomba com dois vapores, o "Taquari" e o "Tramandaí" e duas chatas rebocadas. Esta flotilha veio se reunir à Esquadrilha do Uruguai, do Tenente Floriano Peixoto (Fonttes, 2013, p. 22).

21 de agosto - Manoel Marques de Souza III (futuro Conde com Grandeza), é nomeado "General Chefe do Exército em Operações na Província do Rio Grande do Sul". Este Exército contava com o efetivo de 19.500 homens (Fonttes, 2013, p. 28).

Venâncio Flores transpõe o rio Uruguai e reúne-se às tropas aliadas em Uruguaiana. O Barão de Porto Alegre assume o comando das forças aliadas em Uruguaiana e nomeia João Frederico Caldwell como seu Chefe de Estado-Maior (Almeida, 1965, p. 81).

23 de agosto -
Manoel Marques de Souza III organiza as tropas em quatro divisões ao comando do Cel Francisco Pedro de Abreu, Brigadeiro José Gomes Portinho e Cel Joaquim José Gonçalves Fontes. A Artilharia ficou sob o comando do Capitão Manoel de Almeida Gama Lobo d’Eça (Idem, p. 82).

2 de setembro - com a chegada do Almirante Joaquim Marques Lisboa - Marquês de Tamandaré, a Uruguaiana, os chefes aliados se reúnem. Presentes à reunião, além de Tamandaré: o Barão de Porto Alegre, o General Venâncio Flores e o argentino General Wenceslao Paunero. Flores e Paunero desejam atacar, mas Tamandaré e Porto Alegre resolvem esperar a chegada de Dom Pedro II e também o reforço de tropas de Infantaria. generais aliados intimam Estigarribia à rendição mediante um convênio (Ibidem, p. 85).

5 de setembro - Estigarribia rejeita a intimação dos aliados fazendo alusão a Leônidas e seus 300 espartanos (Almeida, 1965, p. 87). 6

10 de setembro - o governante argentino Brigadeiro-General Bartolomeu Mitre e o Ministro da Guerra brasileiro Ângelo Muniz da Silva Ferraz chegam à Uruguaiana (Idem, p. 88).

11 de setembro - Dom Pedro II chega a Uruguaiana (Ibidem).

13 de setembro - reunião dos chefes aliados a bordo do navio Onze de Junho, presidida por Dom Pedro II, para os planos de ataque à praça de Uruguaiana (Ibidem, p. 89).

15 de setembro - Dom Pedro II passa em revista as tropas uruguaias e argentinas (Almeida, 1965, p. 89).

16 de setembro - Dom Pedro II passa em revista as tropas do Brigadeiro Honorário Davi Canabarro (Idem, p. 90).

18 de setembro -
as tropas aliadas cerram sobre as trincheiras externas de Uruguaiana e a Artilharia é deslocada para a frente. Em função disto, o Ministro da Guerra, Ângelo Muniz da Silva Ferraz, mais tarde "Barão de Uruguaiana" foi pessoalmente levar ao chefe inimigo as condições de rendição impostas pelos aliados. Estava acompanhado do Chefe do Estado-Maior do Exército do Conde de Porto Alegre, General João Caldwell, do Major Miguel Meireles e do Major Amaral. Esta Comitiva dirigiu-se às linhas fortificadas. Feita a intimação à rendição em viva voz pelo Ministro Brasileiro, Estigarribia pediu-lhe que a formulasse por escrito, a fim de conferenciar com o seu Estado-Maior. Conforme o Coronel Augusto Fausto de Souza:

"... E sendo trazido para esse lugar uma mesa, sobre ela foi escrita a nota e entregue a Estigarribia, que prometeu resolver com brevidade. Voltando em seguida João Pedro Salvañach (Major secretário de Estigarribia), depositou nas mãos do Ministro brasileiro a declaração do Chefe inimigo, rendendo-se com a força a seu mando e pedindo a S. M. o Imperador do Brasil que fosse garante desse ajuste" (Fonttes, 2013, p. 37).

Estigarribia, cercado há 44 dias, rende-se às 1500 h e entrega sua espada para o Ministro da Guerra brasileiro Silva Ferraz. Em seguida, Dom Pedro II entra a cavalo na Vila de Uruguaiana.

5 de outubro - Dom Pedro II inicia sua viagem de regresso à Corte chegando a 9 de novembro (Almeida, 1965, p. 96 e 106).

*Gentil cedência de texto por Rui Santos  Vargas – Delegado em Portugal das Academias de História Militar Terrestre do Brasil

Fontes:

ALMEIDA, Antônio da Rocha. Efemérides dos Principais Fatos relacionados com a Campanha do Paraguai. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1965.

BORMANN, José Bernardino. História da Guerra do Paraguai. Curitiba: Editora Jesuino Lopes, 1897, vol I.

ESTIGARRIBIA, Antonio de La Cruz, Tenente-Coronel. Diário de Estigarribia-Campanha do Paraguai. In: Revista Militar Brasileira, Rio de Janeiro, Imprensa do Exército, 1965.

FONTTES, Carlos. Retrato de uma Rendição. Santa Maria: Pallotti, 2013.

GAY, João Pedro, Cônego. Invasão Paraguaia. Caxias do Sul: UCS, 1980.

MACHADO, César Pires. Aspectos da Invasão Paraguaia em São Borja. Porto Alegre: Edigal, 2010.

RIO BRANCO, Barão do. Efemérides Brasileiras. Brasília: Senado Federal, 1999.

Imagem da capa - Fonte: Tela a óleo de Carlos Fonttes (releitura), acervo do 8º R C Mec – Uruguaiana.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O Dia do Marinheiro

A data de 13 de dezembro, aniversário do nascimento do Almirante Marquês de Tamandaré foi instituída como Dia do Marinheiro, por Aviso Ministerial do ano de 1925.


Nesse dia a Marinha rende ao insigne Tamandaré, figura de maior destaque dentre os ilustres oficiais que honraram e elevaram a sua classe, as homenagens reclamadas pelos seus inestimáveis serviços á liberdade e união dos brasileiros. 

Nascido em 1807 na cidade de Rio Grande, Joaquim Marques Lisboa em 1823 é voluntário e embarca na fragata Niterói que atinge as costas de Portugal nas lutas pela Independência.


Em 1824 combate os rebeldes pernambucanos da Confederação do Equador, embarcado na nau Pedro I. 

Com apenas 19 anos, no posto de 2º Tenente, recebe o comando da escuna Constança e participa das lutas da Cisplatina. Em março de 1827 cai prisioneiro na Patagônia, escapando ao inimigo em agosto do mesmo ano.

Em 1831 participa do combate á revolta em Pernambuco, no comando da escuna Rio da Prata. Em 1839, na Bahia, participa da campanha legalista contra Sabinada. 
Em 1839 é nomeado comandante do brigue Três de Maio e das forças estacionadas na Província do Maranhão, contra a rebelião da Balaiada. Em 1848, no comando do vapor Afonso, presta socorro á embarcação Ocean Monarch, com incêndio a bordo, nas proximidades da cidade de Liverpool, salvando 160 pessoas. Recebe do governo inglês, pelo comportamento humanitário, um cronômetro de ouro.


Em 1859, no posto de Vice-Almirante é nomeado Comandante-em-Chefe da Esquadra que escoltou Suas Majestades Imperiais na vigem ás Províncias do Norte do Império. 
Em 1864, já com tíulo de Barão de Tamandaré, comanda as forças navais do Rio da Prata e com seu pavilhão arvorado a bordo da corveta a vapor Niterói efetua o cerco e a tomada de Paissandu. Em 1865 comanda as forças navais brasileiras e da Tríplice Aliança na Guerra do Paraguai. Neste ano é elevado ao título de Visconde de Tamandaré. Em 1866 deixa o Comandante-em-Chefe da Esquadra em Operações em Curuzu regressando ao Brasil.




Maximiliano da Fonseca (06/11/1916 - 09/04/1998). Foi patrono da  Soamar e Ministro da Marinha

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Programa Regata - SOAMAR Portugal


A necessidade de implementação de um Programa de Mentalidade Marítima pode ser entendida por meio da compreensão do processo histórico que presidiu o relacionamento do Brasil e Portugal com o mar.

Historicamente, o Brasil nasceu com vocação marítima, não só por ter sido descoberto e colonizado por uma nação marítima, mas também por ter sofrido suas primeiras invasões pelo mar. O desenvolvimento nacional ainda é, e continuará sendo, dependente das vias marítimas para grande parte de suas atividades.

Entretanto, devido a fatores conjunturais, ocorreu migração econômica para o interior, com “as costas” voltadas para o mar em diferentes aspectos entre eles os transportes e a alimentação. Dessa forma, houve, no seio da população brasileira, uma degradação de mentalidade marítima, a ponto de, nos dias atuais, os brasileiros e portugueses, em sua grande maioria, pensarem no mar apenas de forma lúdica.

Daí decorre a necessidade geradora de uma Ação que pretenda resgatar tal mentalidade na população, nos níveis necessários e coerentes com dimensão de uma Nação eminentemente marítima como o Brasil.


Estimular, por meio de ações planejadas, objetivas e continuadas, o desenvolvimento de uma mentalidade marítima na população brasileira, consentânea com os interesses nacionais e voltadas para um maior conhecimento do mar e seus recursos, da sua importância para o Brasil, da responsabilidade de sua exploração racional e sustentável e da consciência da necessidade de preservá-lo.

O programa “Regata” da SOAMAR Portugal, com fundamento numa rede com o Brasil e intercâmbio multidisciplinar,  acredita na necessidade de contribuir para:

• Uma melhor educação dos jovens e a formação de cidadãos comprometidos com a construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária;

• As transformações sociais necessárias e o bom uso do patrimônio natural português, em particular dos recursos hídricos, sejam eles marítimos, continentais ou insulares.

A SOLIDARIEDADE

O mar é uma imensidão que cobre mais de 70% da superfície do nosso planeta. O oceano é o regente do clima e o regulador térmico da Terra.

A maior parte da população mundial vive em zonas costeiras e há uma tendência permanente para o aumento da concentração demográfica nessas regiões.

Com o aumento da população mundial, as reservas tradicionais de recursos terrestres tendem a tornar-se críticas. O mar é o reservatório final das substâncias dissolvidas e como a terra gradualmente vai-se exaurindo delas, mais premente é a nossa necessidade de aprender a usufruir deste reservatório.
As plantas aquáticas e algas são mais eficientes na utilização da radiação solar do que as plantas terrestres.

O mar é um grande mestre e ensina as proporções. O homem do mar percebe a sua fragilidade frente à grandiosa força da natureza.
Surge a primeira “lei do mar”: a noção fundamental da “solidariedade”, a ajuda mútua, o “dar as mãos”.

Desta postura cresce uma força que não pode existir na competição.

A MENTALIDADE MARÍTIMA

• Resgatar a convicção ou crença individual e coletiva da importância do mar para o Brasil e para Portugal;

• Compreender que o mar é fator primordial de progresso e desenvolvimento;

• Desenvolver hábitos, atitudes, comportamentos e vontade de agir, para utilizar de forma sustentável as potencialidades do mar.

A  orla marítima, dispõe de um potencial imensurável.

O quadro socioambiental e a grande diversidade biológica que existe nos ecossistemas de suas comunidades costeiras, evidenciam a necessidade e o dever de preservar a vida natural e investir para o desenvolvimento cultural e econômico destas populações.

OBJETIVOS DO PROGRAMA

• Apoiar a sustentabilidade econômica, social, natural e cultural das comunidades costeiras, protegendo o seu patrimônio.

• Viabilizar seu desenvolvimento através de sua melhor integração aos ambientes marinhos da Zona Costeira.

• Implementar e desenvolver projetos educacionais de complementação escolar do ensino básico, fundamental, de iniciação profissionalizante e inclusão digital de jovens e adultos, tornando-os aptos para o ingresso/regresso no mercado de trabalho e a geração de renda.

• Elevar a qualidade de vida da população, contribuindo para a melhoria do índice de saúde pública e o saneamento básico da comunidade.

• Desenvolver uma gestão integrada dos ambientes terrestres e marinhos, baseada numa melhor informação científica e tecnológica disponível, direcionada para as áreas produtivas, ambiental, cultural, artística e esportiva.

• Ser um centro irradiador de boas práticas sustentáveis em desenvolvimento e turismo, contribuindo para o crescimento econômico da região e da comunidade.

• Contribuir para o monitoramento das áreas de mananciais dos recursos hídricos, nas comunidades focadas.

• Despertar o interesse pelas coisas do mar, fomentando o desenvolvimento da “Mentalidade Marítima” e o bom uso do “Poder Marítimo” brasileiro.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Comemoração dos 150 anos da Batalha de Riachuelo

A Batalha Naval do Riachuelo é considerada um dos maiores triunfos da História das Forças Armadas do Brasil.

O que foi:

A sua deflagração tem a ver com a Guerra do Paraguai, onde o Brasil juntava forças com a Argentina e o Uruguai.
O conflito, ocorrido entre 1864 e 1870, foi resultado de uma série de disputas políticas envolvendo as nações que trafegavam na região do rio da Prata.
A Batalha do Riachuelo foi um dos principais eventos militares ocorridos durante a Guerra do Paraguai.
Aconteceu no dia 11 de junho de 1865, nas margens do rio Riachuelo, um afluente do rio Paraguai (situado na província de Corrientes, Argentina
 História
 Esta batalha naval colocou de um lado os paraguaios e de outro os brasileiros. O Paraguai, sem conexão com o mar, queria muito controlar os rios da bacia do Prata, pois significava uma saída para o Oceano Atlântico, ou seja, uma via de transporte de pessoas e mercadorias.
 Na fase inicial da guerra, o Paraguai já havia feito importantes conquistas militares, ocupando regiões da Argentina, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Se saíssem vencedores da Batalha do Riachuelo, iriam controlar os rios Paraná e Paraguai e dar um importante passo na conquista do Rio Grande do Sul e do Uruguai.
Desta forma, poderiam fazer comércio com outros países e até receber armas da Europa.

Vitória brasileira na Batalha do Riachuelo

A estratégia paraguaia era boa. Aproveitariam o nevoeiro intenso da madrugada para atacar os navios de guerra brasileiros. Porém, um dos navios paraguaios apresentou um problema e fez com que todos outros chegassem atrasados (9h da manhã) para o ataque, num momento que o nevoeiro já havia passado. Com boas condições climáticas e visuais, as forças navais brasileiras, lideradas pelo Almirante Barroso venceram o Paraguai nesta importante e estratégica batalha.

 O fim da batalha

Essa primeira parte do conflito se encerrou após doze horas ininterruptas de combate. Os navios brasileiros recuaram para posteriormente retornarem ao palco de guerra com seis embarcações.
A segunda parte do conflito foi completamente dominada pelos brasileiros, que conseguiram anular o poder de combate dos navios paraguaios e colocar quatro outros navios inimigos em fuga. No fim do dia, as tropas paraguaias foram vencidas e o bloqueio naval dos aliados estava garantido.

Alguns dados da Batalha do Riachuelo:

No início da Guerra da Tríplice Aliança, a Esquadra brasileira dispunha de 45 navios armados.
Desses, 33 eram navios de propulsão mista, a vela e a vapor, e 12 dependiam exclusivamente do vento.
O Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (Arsenal da Corte) passara por uma modernização em meados do século XIX. Diversos dos navios do início da guerra foram projetados e construídos no País.
Mais tarde, o Arsenal construiu também navios encouraçados para o teatro de operação no Rio Paraguai.
Os navios brasileiros disponíveis antes dessa guerra eram adequados para operar no mar e não nas condições de águas restritas e pouco profundas que o teatro de operações nos Rios Paraná e Paraguai exigia; a possibilidade de encalhar era um perigo sempre presente. Além disso, esses navios, possuíam casco de madeira, o que os tornava muito vulneráveis à artilharia de terra, posicionada nas margens.
- Cerca de 2.500 militares brasileiros combateram na Batalha do Rioachuelo.

Sobre o Almirante Barroso
Francisco Manoel Barroso da Silva nasceu em Lisboa em 1804; veio para o Brasil, com seus pais e a Família Real portuguesa, chegando ao Rio de Janeiro em 1808.Ingressou como Aspirante


Barão do Amazonas
O Chefe-de-Divisão Francisco Manoel Barroso da Silva, depois Almirante e Barão do Amazonas, comandou a Força Naval brasileira que, por sua coragem e capacidade de improvisação, venceu a Batalha Naval do Riachuelo
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O que é Sinal?
O Código Internacional de Sinais é o resultado da necessidade de se uniformizar todos os sinais empregados na comunicação visual e via rádio e passou a vigorar a partir de 1º de abril de 1969. É composto por 26 bandeiras alfabéticas, 10 numéricas, 3 substitutas e um galhardete de código ou reconhecimento. Todas as bandeiras alfabéticas, excetuando-se a letra "R", significam uma mensagem distinta. Admite-se a combinação de umas bandeiras com as outras sendo lidas do topo para a base. Ademais, as bandeiras estão concebidas de modo a ser reconhecidas mesmo estando parcialmente cobertas.

Sinais de Barroso
No dia 11 de junho de 1865, nas águas do rio Paraná, próximo à confluência do Riachuelo, travou-se o sangrento combate que recebeu o nome do pequeno afluente.
No decorrer da luta, na Capitânia de Barroso, a Fragata Amazonas, foram içados numerosos sinais, transmitindo ordens aos demais comandantes brasileiros.
Dois deles foram especialmente célebres:

 O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever
  “Sustentar o fogo que a vitória é nossa

Anualmente, no dia 11 junho, a Marinha do Brasil comemora o grande feito do Almirante Barroso na Batalha Naval do Riachuelo, ocasião em que são içados nos mastros de todos os navios e organizações de terra os históricos sinais utilizados pelo Chefe Naval durante o confronto.

*Visite - nos em: http://soamarportugal.org/