domingo, 23 de agosto de 2015

Dia do Aviador Naval


                                               No Ar, os Homens do Mar.”

A  história da Aviação Naval Brasileira se inicia em 23 de agosto de 1916, com a assinatura do decreto de criação da Escola de Aviação Naval (EAvN), pelo então Presidente Wenceslau Braz, sendo ela a primeira escola de aviação militar do Brasil e, portanto, o berço de nossa aviação militar.

Nesses 99 anos de existência, a Aviação Naval vem traçando um trajetória marcada pelo pioneirismo e bravura, lembrando que apenas dez anos após o primeiro voo do 14Bis por Santos Dumont, a Marinha do Brasil já fazia história com a aeronave Curtiss F 1916, iniciando a conquista da operação aérea em proveito dos meios da Esquadra.

Fatos que vão desde a realização do primeiro deslocamento aéreo no Brasil, passando pela participação na 1ª Grande Guerra, integrando o 10° Grupo de Operações de Guerra da RAF, até os dias atuais, nas operações com asa-fixa embarcada no Nae São Paulo (A12), o que coloca a MB em um seleto grupo dentre as marinha do Mundo.

A Aviação Naval se faz hoje presente em todo o território nacional, desde a Amazônia Azul até a Verde, através de seus Esquadrões Distritais (HU-3 em Manaus-AM, HU-4 em Ladário-MS e o HU-5 em Rio Grande-RS) e dos demais Esquadrões (HI-1, HU-1, HU-2, HA-1, HS-1 e VF-1) que formam o complexo aeronaval de São Pedro da Aldeia, que ainda compreende o Comando da Força Aeronaval, Base Aéra Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN), Depósito Naval de São Pedro da Aldeia (DepNavSPA) e a Policlínica Naval de São Pedro da Aldeia (PNSPA), contribuindo assim para a Defesa da pátria.

No mundo verde da Amazônia, presta apoio na área da saúde às populações ribeirinhas e patrulha nossa vias fluviais, no Pantanal, protegendo as nossa fronteiras e se estendendo até o Continente Antártico, apoiando a Estação Antártica Comte. Ferraz (EACF) e compondo o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) no Napoc Ary Rongel, apoiando também o desenvolvimento científico do Brasil.
A Aviação Naval Brasileira está preparada para atuar em qualquer outro cenário onde a sua presença se faça necessária.

domingo, 2 de agosto de 2015

Aniversário de Criação do Comando da Marinha 2015


Assunto:    Aniversário de Criação do Comando da Marinha

 

                       Celebramos hoje, 28 de julho, o 279º Aniversário do Comando da Marinha. Nossa secular instituição tem uma bela história, da qual devemos nos orgulhar, e cuja tônica sempre foi o comprometimento com a manutenção da integridade nacional, da soberania plena e do desenvolvimento do Brasil.

Historicamente, a origem da Marinha remonta a criação, por D. João V, Rei de Portugal, da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, em 28 de julho de 1736. Com a invasão das tropas napoleônicas à Península Ibérica e o deslocamento da Corte Real para o Brasil, em 1808, o titular da pasta, D. João Rodrigues de Sá e Menezes, Conde de Anadia, também acompanhou a Família Real, sendo que, após o retorno de D. João VI a Portugal, em 1821, conservou-se na estrutura administrativa a Secretaria de Estado da Repartição da Marinha no Brasil, que perduraria durante todo o período Imperial.

Após a Proclamação da República e a decorrente reorganização da Administração Federal, foi criado, em 1891, para substituir a Repartição, o Ministério da Marinha. Tal designação permaneceu até 9 de junho de 1999, quando, por meio da Lei Complementar nº 97, passou a chamar-se Comando da Marinha, subordinado ao recém criado Ministério da Defesa.
Ao analisar o passado, torna-se patente a ligação do mar com relevantes momentos históricos, reforçando a acertada decisão de sempre contar com uma Marinha atuante e preparada. Nossas participações na Guerra da Independência, na Campanha da Tríplice Aliança e nas duas Grandes Guerras refletem a umbilical relação e dependência que existiu entre a Pátria e o mar. Hoje, essa vinculação segue fortalecida e acrescida de novas facetas, pois do mar e das hidrovias interiores, vivem e trabalham milhares de brasileiros, que se dedicam a explorar recursos naturais imprescindíveis; a operar o modal marítimo que realiza a quase totalidade do escoamento do comércio exterior; e na importante área da indústria de construção naval que dá suporte a essas atividades. Esse estratégico setor é capaz de gerar impactante desenvolvimento econômico e integração social, principalmente em um País de dimensões continentais com extenso litoral e ampla malha hidroviária.

Na gloriosa trajetória da Instituição, tivemos a distinção de contar em nossas fileiras com honrados brasileiros que, por sua dedicação e nacionalismo, tornaram-se líderes navais e ícones nacionais, tais como Tamandaré, Barroso, Alexandrino, Frontin e Saldanha da Gama, dentre muitos outros insignes Chefes. Deles herdamos um passado de conquistas, riquíssimas tradições e alicerçante cultura organizacional que nos permite, nos dias de hoje, receber amplo reconhecimento e confiança da sociedade.

Atualmente seguimos, marinheiros, fuzileiros navais e servidores civis, conscientes de quão importante para o Brasil continua a ser nossa presença e atuação em todos os rincões do território nacional e para tal, não podemos esmorecer frente às dificuldades que se apresentam, demonstrando a grandeza do espírito patriótico e comprometimento com o País.

Tenho plena consciência que, em 279 anos de existência, passamos por outros períodos demandantes, mas jamais sucumbimos à tentação da leniência e, uma vez mais, concito nossas mulheres e homens para que trabalhem voltados por consolidar as conquistas logradas e por construir o futuro.

EDUARDO BACELLAR LEAL FERREIRA
Almirante-de-Esquadra
Comandante da Marinha